sábado, janeiro 29, 2011

Você é um Calvinista?

Recomendação de Leitura

UMA JORNADA NA GRAÇA - Richard P. Belcher - EDITORA FIEL

"Bem, se o ser um verdadeiro calvinista significa que eu tenho de negar aos crentes e à igreja a responsabilidade por evangelismo e missões, então, eu não sou um verdadeiro calvinista!"

"Se o ser um verdadeiro calvinista significa recusar-se a desafiar os perdidos com a responsabilidade de crer, então, eu não sou um verdadeiro calvinista."

"Se o ser um verdadeiro calvinista significa que eu não tenho o dever de oferecer, nem posso oferecer o evangelho a todos os homens, então, eu não sou um verdadeiro calvinista."

"Se o ser um verdadeiro calvinista significa que eu tenho de assumir a atitude de que, se Deus quiser que o perdido seja salvo, Ele o salvará sem a utilização dos meios próprios, então, eu não sou um verdadeiro calvinista."

"Se o ser um verdadeiro calvinista significa que eu não posso reconhecer os não-calvinistas como crentes e membros do corpo de Cristo, nem posso ter qualquer comunhão com eles, então, eu não sou um verdadeiro calvinista."

"Se o ser um verdadeiro calvinista significa que eu tenho de me tornar gnóstico em minhas atitudes, agindo como se eu e os outros que se assemelham a mim fôssemos os únicos que Deus abençoa e utiliza, então, eu não sou um verdadeiro calvinista."

"Mas penso que a verdade sobre o assunto é que eu sou um verdadeiro calvinista e que alguns que se dizem calvinistas são de uma qualidade distorcida que precisa ser rejeitada e classificada como falso hipercalvinismo."




quinta-feira, janeiro 27, 2011

Viktor Frankl

Como é possível
sobreviver num campo de concentração?



 Como é possível acomodar, em cada uma das três camas de tábua de um triliche, nove prisioneiros deitados de lado, um atrás do outro? (Qualquer metrô transporta, no horário de pico, no máximo 9,8 pessoas em pé por metro quadrado.)

Como é possível manter o organismo vivo com 300 gramas de pão e um litro de sopa por dia durante meses a fio?

Como é possível realizar trabalhos braçais ao relento, sem luvas e agasalhos apropriados, se o termômetro marca 20 graus abaixo de zero? Como é possível não explodir de raiva ao ver o capataz com luvas grossas e casaco de couro forrado de peles?

Como é possível conviver, em barracos superlotados, com pessoas até então estranhas, de vários países da Europa, com idiomas e comportamentos diferentes e com profissões e níveis diversos? (Certa ocasião havia 1.100 prisioneiros numa cobertura que comportava, no máximo, duzentas pessoas.)

Como é possível não ceder à tentação do suicídio, não satisfazer a vontade de “ir para o fio” (agarrar-se à cerca elétrica para morrer)?

Como é possível não perder a identidade própria depois de ser despojado de todos os documentos, de todos os bens e até de nome e sobrenome em troca de um mero e comprido número?

O austríaco Viktor Emil Frankl, nascido em Viena cinco anos depois do século 19 e morto na mesma cidade três anos antes do século 21, conseguiu passar por cima de todos esses impossíveis. Antes de ser levado para o campo de concentração de Theresienstadt em setembro de 1942, Frankl, aos 37 anos, já tinha um doutorado em medicina e era um conhecido e respeitado neurologista e psiquiatra. Depois de passar por outros campos de concentração, inclusive Auschwitz, e ser libertado pelo exército americano em abril de 1945, Frankl tornou-se chefe do Departamento de Neurologia do Hospital Policlínico de Viena e doutorou-se em filosofia. Valendo-se de sua própria experiência, fundou a logoterapia, muitas vezes chamada de “terceira escola vienense de psicoterapia” (depois da psicanálise de Freud e da psicologia individual de Adler).

Em seu mais famoso livro (“Em Busca de Sentido”, com mais de 9 milhões de exemplares vendidos), Viktor Frankl explica a razão de sua sobrevivência: “Não há dúvida de que o amor-próprio, quando ancorado em áreas mais profundas, espirituais, não pode ser abalado por uma situação de tremendo sofrimento”.

Foi por isso que ele escreveu também o não menos famoso “A Presença Ignorada de Deus”.



domingo, janeiro 23, 2011

Filosofia

Noel Rosa

O mundo me condena, e ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber se eu vou morrer de sede
Ou se vou morrer de fome
Mas a filosofia hoje me auxilia
A viver indiferente assim
Nesta prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Pra ninguém zombar de mim
Não me incomodo que você me diga
Que a sociedade é minha inimiga
Pois cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba, muito embora vagabundo
Quanto a você da aristocracia
Que tem dinheiro, mas não compra alegria
Há de viver eternamente sendo escrava dessa gente
Que cultiva hipocrisia