quinta-feira, agosto 25, 2011

AUTO-ESTIMA: Uma perspectiva bíblica.



POXA ESTOU CANSADO DE FALAR SOBRE MIM...
AGORA VOCÊ. FALE UM POUCO SOBRE MIM.

Todos querem ser alguém, mas esquecem de ser si mesmo, e ser exatamente aquilo que o Criador os criou para ser.
Como disse meu tio Renê, não busque a FELICIDADE, busque a Deus.
Mateus capítulo 6, versículo 33 diz "Buscai pois em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas."
Jay Adams trata da auto-estima numa perspectiva bíblica. Me chamou muito atenção pelo fato dele fazer uma crítica a tudo que eu aprendi na faculdade. Ele fez isso com versículos bíblicos há 20 anos atrás quando eu ainda nem pensava em estudar. Faz agente pensar e rever nossos conceitos.

Eu recomendo para aqueles que entendem que a nossa vida (integral) faz parte do Reino de Deus e não o Reino de Deus faz parte da nossa vida.

Abraços e até o próximo livro.

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quinta-feira, agosto 04, 2011

ONDE É QUE HÁ GENTE NO MUNDO?

POEMA EM LINHA RETA

FERNANDO PESSOA


Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,

Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;

Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma covardia!

Não, são todos o Ideal, se os ouço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.


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